Cidades com ruas mais cheias fazem despencar o índice de isolamento em MS

Segundo monitoramento, só 47,2% da população do Estado segue recomendação de ficar em casa 
Movimento no Centro de Campo Grande foi intensificado nos últimos dias (Foto: Henrique Kawaminami)

Ao contrário do que foi visto nos primeiro dias de isolamento social, recomendado pelas autoridades em Saúde para frear o contágio em massa pelo novo coronavírus, as ruas e avenidas de Mato Grosso do Sul são tomadas por gente e veículos, aos poucos. O reflexo disso está no gráfico com o índice de isolamento social, apresentado nesta quinta-feira (2), em transmissão ao vivo do governo estadual.

Segundo o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, o monitoramento foi realizado pelo infectologista Julio Croda, consultor da pasta para o assunto e integrante do ministério da Saúde até uma semana atrás, quando deixou o cargo por divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O gráfico mostra que, na terceira semana de março, assim que a pandemia ficou evidenciada no País, o isolamento social no Estado atingiu seu pico, com praticamente dois terços da população em casa.

O índice chegou a ficar acima dos 60% nos últimos dias do mês passado, mas já despencou para abaixo dos 50%. Conforme o gráfico, atualmente 47,2% da população obedece a recomendação de isolamento social, proposta pela OMS (Organização Mundial de Saúde). 

(Infográfico: Reprodução/SES)

“Temos um decréscimo nessa semana. Basta andar nas ruas, restaurantes. Tivemos uma curva descendente. Quero dizer, mais uma vez, e fazer o apelo para que a população siga a OMS, as secretarias estadual e municipais de Saúde. Como pai, filho, esposo, irmão, estou preservando a minha família, e tenho o compromisso de preservar a vida de 2,7 milhões de sul-mato-grossenses. Fique em casa. É o melhor remédio, a melhor vacina”, disse Geraldo Resende.

Coronavírus - Mato Grosso do Sul tem 53 casos confirmados e uma morte pela doença até agora, segundo última atualização da SES. Outras 28 ocorrências são investigadas pelo Lacen (Laboratório Central).

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