Segundo Agência Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), serpentes são das espécies Corn Snake e King Snake, que foram levada para centro de triagem.
King Snake foi levada para o Cetas/Tangará, centro de referência da Agência Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), no Recife — Foto: CPRH/Divulgação
Duas serpentes exóticas, que não fazem parte da fauna brasileira, foram apreendidas no Centro de Distribuição dos Correios, no Prado, na Zona Oeste do Recife. Segundo a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH), as cobras traficadas estavam em encomendas enviadas de São Paulo e tinham como destinos os municípios de Paulista, na Região Metropolitana, e Garanhuns, no Agreste.
Em julho deste ano, um caso envolvendo uma cobra exótica chamou a atenção no Brasil. Um estudante de medicina veterinária, do Distrito Federal, foi picado por uma naja, considerada uma das mais venenosas do mundo. O rapaz foi internado em estado grave em um hospital particular, no Gama.
As serpentes apreendidas na capital pernambucana são de duas espécies: Corn Snake (Pantheropis guttatus) e King Snake (Genus Lampropeltis). Os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, Cetas/Tangará, unidade da CPRH, na Zona Norte do Recife.
A apreensão ocorreu na quinta-feira (23) e foi divulgada nesta sexta-feira (24) pela CPRH. A ação ocorreu depois de um alerta feito a agentes do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A CPRH informou que funcionários dos Correios acionaram o Ibama, após perceberem a presença dos animais nas caixas. As embalagens passaram pelo raio-X, um procedimento de rotina da empresa.
As pessoas que enviaram as cobras pelos Correios não tiveram nomes divulgados pela CPRH. A agência também não informou quem receberia as serpentes, em Pernambuco.
De acordo com o gestor do Cetas/Tangará, Yuri Valença, as serpentes são exóticas e não podem ser soltas na natureza, em território brasileiro. Por isso, serão encaminhadas para criadouro legalizado.
A agência informou que a compra e a venda de animais silvestres sem autorização são crimes ambientais. Os infratores podem pegar penas que vão de três meses a um ano de prisão, além de multa.
O caso não foi registrado nem pela Polícia Civil nem pela Polícia Federal. A PF informou que só poderia fazer a investigação, caso as cobras estivessem na lista de espécies ameaçadas de extinção.
O G1 procurou o Ibama e os Correios, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Espécies
A cobra-do-milho ou cobra-do-milharal (Pantheropis guttatus) é uma espécie da familia Colubrinae. Ela captura a presa por constrição. Pode ser encontrada pela região sudeste dos Estados Unidos.
As cobras-reis não têm veneno. Elas integram o gênero Lampropeltis, que inclui cobras de leite e quatro outras espécies. Também são reconhecidas cerca de 45 subespécies.
Segundo Yuri Valença, as duas cobras não têm veneno e não são ofensivas ao ser humano. "A King Snake é do México e se alimenta de aves. A Corn Snake, como diz o nome, vive entre as plantações de milho, nos Estados Unidos", afirmou.
Fonte: G1
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