São Paulo pode ganhar sua primeira base offshore no Porto de São Sebastião e romper dependência do RJ

Foto: Divulgação/Governo de SP

Durante o SP Offshore 2025, realizado em Santos, o diretor‑presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Ernesto Sampaio, recebeu oficialmente o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a implantação de uma base de apoio offshore permanente no porto paulista. A proposta foi apresentada pela empresa Edison Chouest Offshore e representa um passo significativo para o setor de petróleo e gás no estado.

📍 O que está em jogo

Até o momento, todas as operações offshore na Bacia de Santos são atendidas por bases localizadas no Rio de Janeiro. A criação de uma base fixa em São Sebastião permitiria ao estado de São Paulo oferecer apoio logístico direto a plataformas e tripulações que atuam no litoral paulista.

Avaliação do projeto

O EVTEA analisa diversos aspectos cruciais, tais como:

• Estrutura existente no porto e seu acesso por terra;
• Localização estratégica em relação às áreas offshore;
• Estimativa de custos envolvidos na implantação e operação;
• Identificação e mitigação de riscos ambientais.

O que vem pela frente

A manifestação de interesse está atualmente em análise pela equipe técnica. Se aprovada, a base offshore poderá ser construída em até três anos, sinalizando um avanço importante na infraestrutura do porto.

Benefícios econômicos e ambientais

A nova base tem potencial para:

• Reduzir a dependência de infraestrutura no Rio de Janeiro;
• Agilizar operações offshore, reduzindo custos com logística;
• Gerar empregos — tanto diretos como indiretos — na região do litoral norte paulista;
• Aumentar a arrecadação estadual por meio de alavancagem do setor de óleo e gás em São Paulo.

Abrangência do Porto de São Sebastião

Administrado pela Companhia Docas de São Sebastião, o porto ocupa uma posição estratégica no litoral norte paulista, a apenas 180 km da capital. Além disso, é o primeiro porto público do país a obter certificação ISO 14001, destacando seu reconhecimento em gestão ambiental.

Próximos passos

• Continuação da análise técnica do EVTEA;
• Decisão sobre aprovação da proposta;
• Início da construção: caso aprovada, previsão de até três anos para conclusão e operação.

A possível implantação da primeira base offshore permanente em São Paulo marca um divisor de águas para o porto de São Sebastião. Além de fortalecer a logística da Bacia de Santos, o projeto traria ganhos econômicos e ambientais para o estado, promovendo maior autonomia frente às operações no Rio de Janeiro — o que reforça o papel estratégico da infraestrutura portuária paulista.